António Gedeão cantava que o sonho comanda a vida na sua mítica música Pedra Filosofal. E deve ter sido deste mesmo verso que Jorge Castanho se lembrou quando começou a dar vida à sua exposição Declara-me um sonho.
Mas a parte mais importante desta exposição veio também de longe, de Veneza, quando o autor encontrou um documento onde se relatava a história de D. Manuel, Rei de Portugal, que, ao descobrir que uma nau se teria afundado com um rinoceronte lá dentro ordenou que o animal fosse embalsamado e oferecido ao Papa. Toda a exposição está intimamente ligada a este acontecimento, seja na fila de rinocerontes pendurados pelos chifres logo à entrada da exposição, seja pelas peças inspiradas nos anónimos com quem o autor se cruzou após esta descoberta.
Uma excelente oportunidade para conhecer melhor a História do nosso país e para nos inspirarmos a sonhar também. Com ou sem declarações.